quarta-feira, agosto 09, 2006

Breno, o rapaz do Centro-Oeste



Como o próprio título informa, dá pra perceber que o Breno não mora na mesma cidade que eu. Nos conhecemos por acaso, na época que eu tinha fotolog. Era fotolog normal, com fotos do dia-a-dia mesmo, sem massagens no ego e raros self-portraits. O meu principalmente, pois era uma forma de homenagear meus amigos, de ter um link com a minha turma. Trocamos msn e passamos a nos falar todos os dias.
Naquele mesmo ano eu estaria de visita à minha cidade natal depois de nove anos e iria conhecê-lo. Ele foi muito amável comigo e o papo fluiu como fluia via Internet, seus cabelos eram loiros, lisos, feições finas e muito simpático. Eu teria que ir embora cedo, mas ele me pediu para ficar mais e que me deixaria na casa de meu tio. Voltamos conversando, entorpecidos pelo álcool. Ao chegar na rua da casa de meu tio, Breno parou no fim da rua para urinar em uma construção. Naquele momento eu desejei transar com ele. Um beijo ou algo a mais. Foi quando o lindo loirinho me despertou a atenção. Não cheguei a ver seu sexo e fiquei olhando pelo vidro da janela ele de costas, urinando, preocupado com algum movimento suspeito na rua. Não nos veríamos mais naquelas férias.
Continuei meu contato quase diário com Breno, me alegrava sempre quando o via online, era uma certeza de que teria um papo legal, trocaríamos confidências, apoio e risadas. Não tenho como precisar a partir de quando Breno começou a me chamar de irmãozão, e eu em troca, passei a chamá-lo de irmãozinho. Normalmente não nos falávamos muito nos finais de semana, pois eu sempre gostei de sair na sexta-feira e domingo, e no sábado era o dia que ele saia com sua namorada. Outra coisa que não sei precisar é a partir de quando Breno começou com algumas brincadeiras de duplo sentido. "Vem me visitar, você dorme aqui comigo, mas eu fico por cima", ou "você só me quer pro sexo", ou ainda mais explícito "vem dormir comigo que a gente dorme nú, só não sei se vamos dormir".
Não sei até onde se pode determinar que isso é uma brincadeira "normal" entre dois machos. Pelo menos no nordeste aqui não é. Até tem, mas nunca é feito de forma carinhosa, e sim na piada, colocando o outro como ser inferior. Mas sei que eu gostava daquilo, do meu "irmãozinho", de como ele presente em minha vida de forma única.
Esse ano voltei novamente à minha terra natal por poucos dias, e claro quis encontrá-lo. O papo fluiu como sempre e a "irmandade" era maior. Dediquei a sair um dia com ele e seus amigos, e nessa saída tomamos um porre. Todos nós. Inclusive depois de vodca, cerveja e whisky alguns dos meninos começou a preparar um naguile com uma porra de maçã. Eu nunca gostei de cigarro e nem de fumaça, quanto mais incenso! Normalmente me dá tontura e mal estar esse cheiro adocicado. Ainda mais de porre, o que fazia revirar meu estômago. Para sair um pouco da cozinha onde estávamos, sujei a mão propositalmente e fui à área de serviço com o pretexto de lavar e fugir da fumaça. Breno estava no banheiro e quando saiu me viu lavando as mãos, ele se aproximou, segurou no meu quadril e massagenado minha bunda com seus polegares disse "ah, amiguinho!!". Respondi com um oi em tom malicioso, mas ele continuou a exclamar a mesma frase e massagear minha bunda com seus polegares. Empinei um pouco a bunda e quando ia virar para fitá-lo um dos meninos abre a porta. O momento morreu ali, acho que as vezes o universo não conspira ao meu favor. :P
Passei poucos dias, o vi uma vez mais, mas a namorada o quis acompanhar. Ele, inclusive, demonstrava-se desgostoso com a presença dela em dizer que "a chata insistiu em vir, queria fazer um programa just the boys, mas ela veio". Ele é um dos poucos caras em que eu teria vontade de conversar, dizer o que sinto, da atração por ele, mas a distância me faz ser prudente. Não acho que deva conversar isso por msn, então espero a próxima oportunidade, mas apesar de tudo sei que somos amigos.

3 comentários:

Un disse...

Nossa! Do jeito que você escreve, o menino deve ser mesmo uma gracinha... Não sei se você deve mesmo se importar com a distância.

Oceanmar disse...

My King. Fui conferir o rapaz da livraria. Quando o texto começou a ficar emocionante, a história parou!!! Isso sim que é geminiano ... na dúvida não faça nada ...rsrs...esse é o teu desafio: criar apenas um objetivo sem dar margens a outras opções. Também lembrei do filme "O Homem que copiava"..ele ia numa loja de lingiere por queria conhecer a gata que atendia (tri bom o filme ---filmado aqui na minha cidade). Abrço

Otávio disse...

Gente, fotolog... eu tbém tinha... vc é de onde?? Gyn?