terça-feira, agosto 08, 2006

André e Gilberto


Pra poder definir mais a minha linha de pensamento, o meu comportamento e até mesmo para eu me entender um pouco mais, tenho que falar desses dois: André e Gilberto. Os dois eu conheci no mirc e transei com os dois, em separado. Até hoje eu tenho um ressentimento por ter sido meio que sacana com o Gilberto, embora minhas ações tenham explicações.

Eu ainda era muito inseguro, tinha 23 anos e não havia transado ainda. Aquilo me dava um nervoso, uma angústia, que eu nem sei o que aconteceria, tinha medo de tomar um porre (coisa bem frequente na época) e acabar "me revelando" quando o estado ébrio prevalecesse. Achava que qualquer homem era capaz de querer um boquete, e a única coisa que me prendia era realmente o medo de me expor.

Conheci o Gilberto no mirc, ele não é bonito, muito magrinho pro meu gosto, com feições duras, porém muito simpático. Quando me viu a primeira vez ficou louco, pegava na minha bunda direto e chegava até a salivar. Quando vi o tamanho do pau dele me assustei. Eram grossos 23 cm e bem torto. Eu relutava em ir a motel e relutava muito mais transar em um carro com um caralho daquele porte. Em nossos primeiros encontros de sarração tinham duas coisas que me incomodavam: Gilberto adorava fazer voz de neném (coisa que abomino até com namoradas) e ele não conseguia chegar ao clímax no oral. Para mim aquilo era frustrante.

Tínhamos encontros quase semanais, e eu sabia o quanto ele estava a fim de me levar pra um quarto e me comer. Eu também estava a fim, queria sair da "virgindade" o mais rápido possível, mas não tínhamos local e o jeito dele me inibia um pouco. Nesse meio tempo conheci o André, também no mirc, e relutei em encontrá-lo, já que a primeira vez que dei meu celular ele foi um pouco... entusiasta demais. Ele tinha a voz um pouco afetada e aquilo também me broxava.

Um dia, véspera de micareta, eu decidi que iria transar de qualquer jeito. Sempre em meus encontros com o Gilberto eu pedia paciência e prometia que meu "cabaço" seria dele. Liguei pra ele, mas não me atendeu. Liguei pro André, falei que estava a fim, mas teria que ser rápido senão eu desistia. Em 20 minutos ele já estava pronto e eu passava de carro para buscá-lo. Fomos a um motel próximo, para mim qualquer pessoa na rua estaria reparando no palio vermelho com dois homens dentro e a atendente do motel estaria anotando a placa pra ligar pra minha casa. É uma sensação de perseguição que creio todo mundo ter em suas primeiras idas.

André foi carinhoso, paciente, tinha um corpo bem legal e era bonitinho. Estava preocupado em fazer com que eu me sentisse bem, me alisava, beijava, cheirava e mandava eu ficar em uma posição assim outra assado e ia me guiando com suas mãos. A transa ocorreu de forma natural, senti um pouco de dores no começo, mas fui relaxando. No final ele me beijou e perguntou se eu não tinha interesse de namorá-lo. Dei um sonoro não e expliquei que naquele momento era complicado pra mim. Fomos ao banheiro tomar banho, ele me ensaboou, bateu uma punheta em mim (embora eu relutasse dele tocar meu pau) e ali debaixo do chuveiro fizemos uma sarração legal. Para mim, até hoje, aquela sarração foi melhor que qualquer transa que tenha tido.

Quando o deixei em casa vi em meu celular três chamadas não atendidas do Gilberto. Não sei porque fiquei com um sentimento ruim, de que eu não tive respeito em honrar minha promessa de que seria com ele minha primeira vez, já que tínhamos encontros freqüentes e ele sempre trabalhando minha cabeça para que eu criasse coragem. No domingo o André me ligou, perguntou se eu poderia transar com ele novamente, já que seria uma despedida, ele iria na terça-feira pros EUA. Me arrependo até hoje de não ter ido, queria ter tido duas experiências bacanas ao invés de uma. Ali seria o penúltimo contato que eu teria com ele na minha vida.

Se passaram mais de seis meses sem falar com o Gilberto, até que meus pais viajaram e fiquei só em casa. Chamei Gilberto pra sair, o busquei e trouxe pra casa. Desde o primeiro momento em que o vi na minha casa me arrependi profundamente. Ele não me deixou chupá-lo, disse que não curtia e usava uma horrenda cuequinha de time de futebol (tira tesão total), e ainda se vangloriava dela. Gilberto era mais velho que eu dois anos e se orgulhava em dizer que transava com meninos de 14. Sei que parece muito pudico da minha parte, mas eu vi fotos dos meninos que ele transava e me abominava a idéia de saber que ele transava com crianças. Nenhum, nem de longe, parecia os neo-pitbullzinhos que comentei em um post recente.

Ele me colocou de quatro em minha cama e passou a cuspir em meu cu para umidecê-lo. "Acho que não vai rolar, Gilberto". Eu queria desistir e estava disposto a isso quando virei e o vi implorando para eu ter paciência, que ele ia fazer com jeitinho. Continuei de quatro e aguardei. Não sei quanto tempo durou até ele conseguir enfiar a cabeça do pau, mas senti dores alucinantes daquilo em rasgando. Até hoje não sei como a camisinha não rasgou. Eu implorava que ele parasse com aquele suplício, mas Gilberto não me dava ouvidos, fazendo com sua irritante vozinha de neném "se acalme garotinho, o titio tá cuidando de você". Eu me senti muito mal. Quando terminou fui ao banheiro e minava muito sangue, ele deveria ter literalmente me rasgado. Tomei banho, chorei, vomitei. Passou pela minha cabeça o que meu pai diria, que eu era uma vergonha, que estava decepcionado. Naquele momento não passou pela minha cabeça meu pai desaprovar eu ter transado com um homem, mas sim ter me entregue para alguém que me tratou como Gilberto fez.

Quando cheguei no meu quarto ele estava nú ainda, deitado na minha cama e pediu para eu me deitar ao seu lado. Ainda o fiz, mas não agüentei que ele me alisasse. Gilberto ainda tentou enfiar o dedo na minha bunda, "Saiu sangue Gilberto. Dá um tempo!". Nisso ele me abraçou e falou pra gente dormir. Na mesma hora me levantei, vesti minha roupa e disse "não vai rolar você dormir aqui, quero ficar sozinho". Acho que fui muito sacana, ele me disse que não tinha aonde dormir pois havia avisado que não ia dormir em casa. Não me importei, o coloquei no carro e o deixei na parada de ônibus.

Voltei pra casa sozinho, em pânico, mas tive uma noite relativamente tranqüila. Acordei me sentido o ser mais abjeto do mundo. Me perguntava o porque ter transado com aquele cara. Mal sabia eu que ainda transaria com ele muitas outras vezes e que continuaria me sentindo sujo, e só tinha feito devido a carência.

Transei muitas vezes com Gilberto, mas sempre em tempos espassados. A carência batia e eu sabia que ele iria a hora que eu chamasse. Me arrependo de todas elas, sem exceção. Mas consegui dar um fim. Gilberto nunca se preocupou em que eu tivesse prazer. Nunca quis me chupar, nem bater uma punheta em mim. Nunca deixou eu enfiar o dedo na sua bunda e nem gozar em cima dele. Depois que transávamos eu batia uma punheta solitária olhando pro espelho no teto enquanto ele ficava deitado ao lado ou estava no banho.

Apaguei seu nome da minha agenda, bloqueei seu msn e deletei para nunca mais correr tentação de novo. Quero alguém que me queira, mas que se preocupe em que eu também quero sentir prazer.

Um comentário:

Anônimo disse...

Cara, seu blog é sensacional!!

Jovem aventureiro!