quinta-feira, maio 31, 2012

feito tatuagem

Quantos de vocês, drammáticos leitores, tem tatuagem? Eu sempre fui louco pra fazer a minha e ultimamente tenho buscado coragem. Hoje na hora do almoço eu fui em um studio próximo do meu trabalho pra ver uns desenhos e assim que cheguei encontrei a cunhada do Rafa, ela estava acompanhando o marido que foi retocar o dragão que ele tem no corpo. Quando ele me ouviu falar, me chamou pra conversar e lá estava aquele cara magro, da barriga trincada, peitoral bem definido, nu em pelo deitado na maca com o tatuador colorindo o grande dragão chinês que ele tem na lateral do corpo (vem da altura abaixo do torax até parte da coxa).

Eu sabia que o irmão do Rafa era muito gostoso, pois ja o tinha visto sem camisa várias vezes, mas pelado era a primeira vez (pode ter mais, adorei). Ficamos batendo papo e eu olhando a arte daquele homem (o tatuador, gente!) no corpo do meu futuro cunhado (quem sabe, né?). Na hora também lembrei da primeira vez que vi o Rafa nu, como o Rafa tinha a bunda gostosa pelado e vestido parecia que ele nem tinha bunda, a mesma coisa do seu irmão, uma bunda pequena, mas redondinha, durinha.

A esposa dele brincou comigo, perguntando se eu tinha coragem de pegar uma tatuagem grande e respondi que não tinha, que a minha quero fazer na batata da perna. Ela disse que também não tinha coragem de fazer uma grande, mas que adorava no marido, pois quando eles estavam "dando uma", ela gostava de olhar pro espelho na porta do guarda-roupa e ver aquele dragão se mexendo em cima dela (eu na hora, claro, imaginei o dragão se mexendo e metendo, mas em mim).

O Rafa também tem tatuagem, um dragão chinês no ombro esquerdo, que valoriza os músculos do braço e, confesso, acho sexy. Quando ficamos deitados juntos, eu gostava de ver aquela imagem e a beijava, acarinhando o símbolo da sorte. Temos nos falado quase nada, dei o gelo de uma semana depois que o chamei pra dormir comigo e ele disse que não podia, pois queria se acertar com o Tropeço. Como havia dito, saí de cena. Ele me ligou depois de quatro dias, não atendi. Mandou torpedo no outro dia fazendo uma gracinha, não respondi. Me ligou mais dois dias seguidos, com torpedo e fingi que não vi em todos. Ele não insistiu muito, então também não fiz menção de me preocupar ou incomodar com aquilo. Um amigo me aconselhou a atender e fingir que está tudo normal e assim o fiz. Ontem atendi sua ligação, ele perguntou como eu estava e respondi "bem, e você?", ele me disse que estava tudo bem com ele também e começou a conversar miolo de pote, escutei um pouco e disse que tinha que desligar, pois meu chefe estava chamando. Então ele me chamou do apelido carinhoso que me chama e disse "saudades", eu desliguei. Sim, claro, aquilo mexeu comigo. Eu queria vê-lo, abraçá-lo, cheirá-lo, senti-lo. Mas é melhor assim, acalentar a dor que sinto e, quem sabe, aquecer o sentimento que ele tem por mim com minha ausência.

segunda-feira, maio 28, 2012

Alguma coisa acontece no meu coração...

Hoje confirmei uma notícia MUITO feliz! Consegui uma folga para passar o feriado de Corpus Christi (e pecar bastante, espero) na grande maçã brasileira. Vou ficar hospedado na casa do meu amigo cardiologista, que já tive uma paixonite, ja fiquei de mal, chateado mesmo, por ter a horrível mania de ter fé na vida (mentira. assim tenho mesmo fé na vida, mas terminei a frase assim só por causa da música, o que eu queria dizer é que tenho a horrível mania de querer que as pessoas me considerem como as considero). Passamos meses sem nos falar por distanciamento natural e ano passado fizemos nossa primeira viagem juntos e não foi qualquer uma não, foi uma muito bacana. É isso que eu gosto nas amizades, transformá-las em irmandades. Antes que imaginem, não rolou pegação (apesar de gostoso eu meio que perdi o tesão nele), mas eu não tive coragem de me assumir pra ele, e nem ele pra mim. Fomos como amigos e voltamos como irmãos.

Sim, babaquice. Principalmente se eu sei que ele é gay e namora um cara (bem legal, por sinal), mas eu acho que ninguém deve escancarar o armário do outro. E com ele, eu não acho que precise dizer algo e nem ele me dizer. Fora que me PASSEI pelo inbox no facebook com um dos amigos dele que me adicionaram na época da viagem para ver nossas fotos e, claro, me ver tirando onda (meu esporte favorito) com ele. Eu achei o menino (também médico) lindo, fofo, gostoso, tudo de bom e BÊBADO disse tudo isso no inbox. Sim, SHAME ON YOU DRAMMA. Sim, mas ele também disse que me achava lindo, fofo, engraçado e que estava curioso sobre mim, que o Cardiologista nunca tinha falado se eu era gay ou não e que tinha ficado feliz em saber que eu era. Notícia bôua, né? Era pra ser, mas isso foi em dezembro, hoje o gatinho tá namorando. C'est la vie.

Mas o importante disso tudo é que eu consegui esses dias de libertação, vou curtir bastante essa folguinha de quatro dias. Ando muito cansado, muito estressado e tem sido uma carga muito grande de trabalho nesse primeiro semestre. Assim não penso nos meus problemas e curto um pouco a vida.

sábado, maio 26, 2012

o carona.

Antigamente eu falava muito que ia chamar um garoto de programa TESÃO pra me satisfazer, um que tivesse o corpo que considero perfeito, ia mandar ele ser bem safado e realizar algumas fantasias (sim, roupas de super-heróis). Até tive essa coragem, mas foi horrível, não consegui chegar nos finalmentes, achei o cara muito travado e ele estava MUITO diferente da foto, além de usar lentes de contato verdes (sorry quem usa, mas é brochante) e pior, afirmava serem os olhos dele e eu louco de vontade de tacar o dedo pra ver ela sair na minha mão. Enfim, mas o post não é pra falar do michê uó, mas la na frente vocês vão entender o porque falei nisso.

O que vou relatar aconteceu em meados de setembro (período em que eu estava ausente do blog), voltava de uma noite de bebedeira (vodca: connecting people), deixei minha melhor amiga em casa e quando virei a esquina, lá estavam eles na parada de ônibus (opa, eles!). Sim, eles. Um cara alto, de seus 1,80m, feio, gordo forte, cabeça raspada, pele morena. O outro baixinho, talvez 1,65, saradinho, bombadinho, branquinho, nariz grande e olhos apertados. Parei o carro mais a frente deles, vi pelo retrovisor que os dois olharam, fiz sinal de luz com a luz de freio e ele vieram até o carro. Perguntei pra onde iam, o que queriam fazer, de onde vinham, etc. O baixinho respondeu que trabalhava como segurança em um bar (até meio badalado aqui na cidade), o altão trabalhava com ele e estavam voltando pra casa, disse onde morava e eu perguntei se queria um passeio. Ele riu, olhou pro altão e perguntou se ele ia. O altão sorriu, o baixinho deu a volta para entrar pelo banco do passageiro e o altão fez menção de abrir a porta de trás que estava trancada e eu disse "você não, só ele". Eles se olharam e se despediram.

O baixinho entrou no carro, olhei bem pra ele e ele era muito gostosinho. Perguntei o que ele curtia e o que ele queria fazer, ele me disse que curtia mulher, se eu tinha alguma pra sair com a gente, mas se não tivesse eu podia levar ele para onde eu quiser. Fui pra um motel que acho bacana e com preço razoável. Começamos a nos beijar, até estranhei pois se ele queria mulher nunca ia aceitar um beijo de homem, mas ele beijava gostoso e bem safado, ele fez menção de tirar a camisa, mas não deixei, uma coisa que gosto de fazer é despir quem está comigo.

Desabotei cada botão de sua camisa, desnudando seu tórax e beijando molhado e carinhosamente seu peito, sua barriga, seu umbigo. Me levantei, o beijei na boca e retirei a camisa dos seus braços. Ajoelhei e desafivelei seu cinto, abri o botão de sua calça e com os dentes puxei o zíper. Seu pau latejava por baixo da cueca box sexy de cores preta e branca. Era uma cueca bem tesão, a bunda dele bem durinha ficava perfeitamente encaixada. Tirei o pau da cueca e comecei a chupá-lo com força e tesão, ele gemia. Minhas mãos percorriam seu tórax e bunda, apertandoa-a, trazendo-a de encontro ao meu rosto, fazendo com que eu engolisse aquele grande, grosso e suculento mastro com força, sentindo-a na minha garganta. O chupei por mais alguns minutos e surpreendendo-o o joguei com força na cama, ele riu. Ficou deitando esperando que eu continuasse a chupar seu pau, mordendo o lábio inferior.

Fui lambendo-o levemente, começando pelos dedos do pé, passando minha língua molhada por sua perna, intercalando com beijos, lambendo sua virilha, o saco. Sugando seu pau e ele deitado, os braços atrás da cabeça, só curtindo. Passei a língua por sua barriga, chupei (muito) seu peito sarado, mordi seus mamilos (ele gemia). Beijei seu queixo, sua boca, mordisquei sua orelha e sem ele esperar, o virei de costas. Beijei sua nuca, desci a língua por sua coluna, beijei seu coccix e mordi sua bunda. Minhas mãos percorriam seu peito, alisando e apertando seus mamilos, deixando ele quase de quatro. As deslizei pela lateral do seu corpo e quando cheguei na sua cintura o puxei com força, obrigando-o a ficar de quatro, pronto pra galopar. Ele pediu pra eu não meter, eu enfiei a língua e passei a lamber e chupar seu cu (que estava limpo, amém) e ele gemia forte. Quando eu enfiava a língua naquele buraquinho rosado e apertadinho, ele gemia.

Como gentleman, não enfiei (foi a primeira vez que senti vontade de comer um cuzinho), se ele tivesse pedido ou liberado, teria continuado. O chupei e beijei muito, passamos quase duas horas nessa sarração, cheio de tesão. Nos beijando ele gozou na minha barriga, e eu pedi que virasse pois queria gozar na sua bunda e assim terminamos a noite. Eu estava extasiado, tinha sido uma delícia, menos a parte que eu quis fuder e ser fudido e não rolou.

Paguei o motel, ele tomou uma coca-cola. Perguntei se ele estava com fome e ele disse que não, mas quis saber se podia pegar uma batatinha. "Claro, pegue sim". O beijei, fiquei alisando aquele corpo gostosinho enquanto bebia o refrigerante e fomos embora. Perguntei onde era melhor para ele ficar e ele indicou o caminho próximo de onde eu o tinha pegue, perguntei se podíamos trocar o telefone, ele me deu o dele, mas eu não dei o meu. Ele perguntou se eu podia dar dinheiro pro taxi, a única nota que eu tinha era de R$50,00 dei e ele pediu mais cinquenta. Eu ri e disse que só tinha essa nota. Ele riu e se despediu, mas disse "me liga pra sairmos de novo, mas leva cenzão, viu?"

Nunca liguei.



quinta-feira, maio 24, 2012

Vestibular pra engenharia, quem sabe?

Eu queria saber se é pré-requisito ser bonito e gostoso pra fazer vestibular pra engenharia. Vou te contar, hoje tive que acompanhar uma obra pra fazer algumas definições na minha área e competência e TODOS os engenheiros eram novos, entre 25 e 40 anos (você descobre que está velho quando acha alguém de 40 anos novo), bonitos, educados, simpáticos com suas bundas durinhas e carnudas dentro da calça jeans. Outro pré-requisito é casar cedo, porra TODOS com aliança na mão esquerda.

O de cabelo preto, moreno, sorriso largo e cicatriz na sobrancelha me enlouqueceu, ele começava a falar coisas técnicas perto do meu ouvido e eu ja estava quase gozando.

O branquinho, cabelo castanho, que me acompanhou todo o percurso era tão educado e bonito que eu quis levar pra casa, era o mais novinho, tinha 25 anos.

O branquinho com o cabelo castanho e a barba levemente aruivada cheirava tão bem e tinha a bunda mais gostosa, quando ficamos a sós na casa de máquinas eu jurava que ele ia fazer ao menos uma piada de duplo sentido, mas não fez. Que tristeza!

Não tinha nenhum engenheiro mais velho e era sobe e desce escada e eu hipnotizado com tanta abundância na minha frente. Mas claro que quem olhou pra mim e ficou rindo foi o peão que tava acompanhando, né?

quarta-feira, maio 23, 2012

(se) jogando

Hoje, após postar o texto anterior, voltei para o trabalho sem vontade nenhuma de trabalhar, e olha que eu amo meu trabalho. Faz tempo que eu não sentia essa vontade de ficar em casa, sem pensar em nada, apenas existindo. Mas voltei ao trabalho, na hora certa de bater meu ponto (minha pontualidade britânica chega a ser irritante, é como se eu competisse com o relógio) e entrar na sala. Mal entrei e vi um rapaz loiro, olhos verdes, o corpo magro, mas pelos braços podia-se ter ideia de que era trabalhado, o cabelo comprido, rastafari. Dei boa tarde, ele respondeu e fui sentar a minha mesa. Notei que ele me acompanhou com o olhar, cruzamos os olhares e sorri, ele sorriu de volta.

A secretária da sala me pergunta se eu tenho um documento para entregar para uma empresa que presta serviço, eu respondo que não. Ela liga para o chefe que pede para falar comigo e procurar uma nota fiscal na mesa dele. Vou a sala do chefe, olho a mesa, procuro a tal nota e acho mais de uma. Chamo o rapaz pra sala do chefe, ele entra sorridente e ajeita o pau na calça, eu acompanho com o olhar, ele senta a minha frente. Pergunto o nome da empresa e ele me diz que apenas presta serviço, que não sabe o nome da empresa que ele tem que levar a nota. Ligo pro chefe fitando os olhos verdes do loiro rastafari, ele me devolve o olhar sorrindo, sempre. Meu chefe não atende, eu pergunto se ele se incomoda de esperar um pouco e ele diz que não.

Ele começa a dizer do dia-a-dia dele e eu (finjo) presto atenção, sorrio, faço perguntas. Ele diz que gosta de andar de moto pela cidade, zanzando, resolvendo as coisas, fazendo o horário dele, conhecendo gente interessante. Eu devolvo o sorriso quando ele fala "gente interessante". Ligo novamente pro chefe, que não atende, converso mais dois dedos de prosa com o rastafari loiro, que tem o olhar penetrante e o sorriso bonito.

Meu chefe liga, pede pra olhar no móvel atrás da mesa dele, me abaixo para procurar deixando a bunda empinada, viro rápido para trás (de propósito) e vejo que ele está me olhando. Acho a bendita (ou maldita) nota fiscal, coloco em um envelope e entrego pro motoqueiro. Ele pergunta meu nome, respondo e ele sorri "o meu é Márcio, se precisar de mim é só ligar". Agradeço e digo "prazer", ele sai pela porta. Antes de retornar a minha mesa eu visualizo a trepada com o rasta e fico com vontade, saio da sala e o vejo tomar água no bebedouro do corredor, ando até ele, que levanta-se e fica me olhando. Me inclino, tomo água e pergunto se ele não tem um cartão, caso eu precise dos seus serviços. Ele ri, diz que tem, mas que acha melhor eu ligar no celular dele e me acompanha anotando o número no meu celular. Nos despedimos novamente, ele com o sorriso mais aberto ainda e finaliza "pode me ligar, doutor". E eu fiquei morrendo de vontade.

Ganhei o dia nesta quarta-feira sem graça.


sentimento.

Quis mandar o texto abaixo pro Rafa, mas desisti. Eu não posso mais ser meloso, pois afasta. Vou guardar, pra se um dia der certo entre a gente eu enviar. Mas fica aqui o registro, pois achei esse texto lindo.


“O amor e o simples se combinam. E por formas simples demonstro meu amor: te enchendo de sorrisos, tentando fazer você rir, por mais que eu pareça bobo, te ajudando nas horas difíceis e te aconselhando quando você precisar enxergar um rumo, um caminho. Me preocupando com sua saúde, com seu trabalho, com seus sonhos. Ah, os sonhos... quero ajudar você a realizar cada um deles. E no sofrimento, deixar de cumprir o papel de simples homem seu, mas acima de tudo, cumprir o papel de melhor amigo”.

segunda-feira, maio 21, 2012

Se conselho fosse bom, vendia.

Além da máxima de que se conselho fosse bom não se dava, vendia, eu gostaria de lembrar (a mim mesmo) e a todos que tudo é uma questão de perspectiva. Eu não contei para nenhum dos meus amigos sobre o Rafa, primeiramente pois eu teria que revelar minha bissexualidade e, mais uma vez prometo, isso é tema para outro post o porque de nunca ter me revelado aos meus amigos mais próximos e queridos. Em segundo porque eu iria tanto expô-lo quanto me expor, e embora ele seja "assumido" (no trabalho não é e para alguns amigos também não), e estar fazendo parte da minha história não acho legal envolver mais gente nisso.

Mas resolvi envolver e escolhi um amigo muito querido, que não é amigo da minha turma "oficial" de amigos, mas que sabe do Rafa e é gay (tem um namorado delicioso, coisa de louco) e não mora nessa província de fofoca. Contei tudo como aconteceu com a gente, contei de minhas experiências passadas (sem muitos detalhes e quantidades), falei que tinha sido com um grande amigo, mas não havia dito com quem havia sido. Os conselhos, os de sempre. Que eu saísse dessa, que eu ia acabar virando o outro, ou pior, a putinha, que ele ia me magoar, que eu era um cara muito legal e merecia alguém sensacional, se eu não estaria confundindo por estar desiludido com meninas e e blá blá blá, bló bló bló. Escutei, ponderei. Disse como me senti amado pela primeira vez na vida com ele, se eu podia ignorar isso e ele manteve o discurso.

Depois ele me pediu para mostrar foto do cara, que ficou curioso e eu menti dizendo que não tinha foto e nem facebook. Mais tarde nos encontramos no msn (eu não uso, mas como abro de vez em quando o hotmail ele apareceu lá) e ele veio conversar comigo novamente, me dando força pra sair dessa. Então eu contei que o cara que me fez ficar fora de órbita era o Rafa. Ele ficou surpreso, depois disse que achava o Rafa um tesão e perguntou detalhes (ah, safado). E depois falou dos conselhos, que sendo quem o Rafa é, e ele sabendo como é nossa relação de amizade, achou que eu deveria ponderar, esperar e investir. Que seríamos lindos juntos, pois transformaríamos nossa amizade em algo maior. E disse ter a certeza que mesmo que não desce certo a amizade continuaria.

Não vou enganar ninguém aqui que está lendo, e nem a mim mesmo, o quanto eu ando confuso, é natural. Não sei de onde vem a certeza de que o Rafa e eu seríamos felizes juntos. Mas também tem a insegurança de querer isso logo, maldita pressa geminiana de querer tudo ao mesmo tempo e agora. Posso estar me enganando? Claro, posso. Muita coisa pode rolar ainda, e muita água vai correr debaixo dessa ponte, mas eu acho que aos 34 anos eu não posso desistir fácil se ficar com medinho de me machucar. Tento navegar, tento achar uma paciência que nunca tive e, mais ainda, tento não descontar a ansiedade na comida. Isso ao menos está legal, fui ao nutricionista (um gato, diga-se de passagem) e a dieta que ele me prescreveu, em duas semanas já me fez perder 5 quilos sem maiores sacrifícios e sem passar fome.

Ontem, quando almoçava com meus amigos, compadres e a afilhada (minha princesinha), Rodrigo me mandou SMS querendo sarrar/trepar/gozar. Respondi que depois ligava pra ele, o que fiz uma hora e meia depois e ele não me atendeu. Embora estivesse doido pra gozar, achei legal não dar certo. Não é ele quem eu quero e nem sinto mais tanto tesão nele como sentia antes. Gosto quando ele me chupa, mas não foi o fim do mundo ele não me atender. Pensei no Rafa e achei que não ia valer a pena insistir. Mas acho que se ele acabar ligando de novo eu vou sair com ele pra suprir essa carência, uma droga isso.

Sabe, quando o Rafa disse pra mim que estragaríamos tudo ficando juntos e ele tinha muito medo de me perder eu senti vontade de dizer "Você já está perdendo". Porque não é fácil viver com esse sentimento maior que a gente e se sentir inoperante em não conseguir vivê-lo.

domingo, maio 20, 2012

quarta-feira, maio 16, 2012

Qual é a música?



Eu não sou um ser musical, nunca estou antenado aos últimos lançamentos, sempre erro a letra das músicas, sou (muito) desafinado e sou daqueles que gostam de escutar a mesma música no repeat até gastar. Mas eu gosto de homenagear meus amores com músicas, escuto a mesma música a fio pensando no ser amado e assim essas músicas ficam com a cara da pessoa, de certa forma me ajudam a viver o amor e a esquecê-lo. O ruim é que mesmo depois de anos eu não consigo mais escutar essas músicas com alegria, mas elas cumpriram seu papel em me fazer lembrar e esquecer desse amor.

Foi assim com a loirinha do colégio, quando eu escutava muito Caetano e nossa música era O Leãozinho. Até hoje, quando escuto O Leãozinho me bate um sentimento de vazio no peito.

Uma das minhas primeiras paixões (não correspondida) com homens foi o Jorge, que nunca falei dele aqui. Um menino sem mãe, pai ausente, queixo quadrado, covinha no queixo, peito cabeludo, sorriso de galã e muito carinhoso com todos. Eu confundi completamente nossa relação de amizade e companheirismo e queria tanto ficar juntinho dele, ajudá-lo, resolver seus problemas que acabei de amigo virando pai e com isso os amigos dele começaram a dizer que eu estava apaixonado por ele, o que fez ele se afastar, abandonar nossa amizade e eu acabei notando que estava apaixonado por ele. Foi com ele o primeiro sonho erótico que tive que chegou as vias de fato, eu acordei com o gosto da boca dele sem nunca tê-lo beijado. E até hoje não sei se ele teve esse mesmo sonho, pois foi no outro dia que ele começou a me tratar estranho (alguém explica?). Escutávamos muito Mr. Jones, dos Counting Crows e hoje, quando escuto essa música eu sinto uma revolta de ter gasto uma música tão legal com ele, me fazendo ter abuso dela.

A menina de Maceió, bem, quem lembra sabe que ela foi o grande amor da minha vida. Faz quatro anos que não nos falamos e nem nos vemos e eu tenho muito medo de encontrá-la de novo, não sei como vou reagir. Se minhas pernas vão bambear se vou falar direito com ela, se vou sofrer, se vou ficar feliz. Realmente, eu não sei. Exorcizei-a escutando Amor Perfeito, do Rei Roberto. E não consigo escutar a música, eu troco o rádio, dou um mute, mas não consigo escutar. Eu sinto uma tristeza tão grande, por ter perdido tanto tempo em minha vida investindo em alguém que, nunca me prometeu nada, mas também nunca me deixou livre, era cômodo pra ela me ter ali, de tábua da salvação.

Nunca tive necessidade de musicar para meu Caçador, pro Rapaz do Centro-Oeste e nem pro Cardiologista e com o Rafa eu fico no sentimento dúbio, se devo dar uma canção pra ele ou não. Quando quero dar, não sei qual escolher e quando penso em não dar eu fico achando que nossa história (ainda) não acabou. Depois da merda que ele fez comigo domingo, tem ligado todos os dias carinhoso, se fazendo presente, puxando assunto e tenho resistido bravamente em ligar ou ir vê-lo. Porque quando estou com ele, vejo a vida em rosa.



Quand il me prend dans ses bras,
Il me parle tout bas,
Je vois la vie en rose.

domingo, maio 13, 2012

Treze Minutos



Adorei esse curta, parece muito como foi meu lance com o Rafa. Que por sinal, ele voltou com o Tropeço e eu, estarei saindo de cena, delicadamente, pois nao quero me envolver mais nisso e sofrer. Para vocês terem ideia, já beirou a obsessão, dos dois lados. Ele me disse ontem que queria viver e dar todas as chances, para quando abusasse ele acabar de vez e não ter volta.

Saímos ontem, ele ficou bebendo comigo e com meus amigos. Bebeu, fumou, fez tudo o que o Tropeço não gosta que ele faça, a noite ele ia conversar com o dito cujo, que ja estava "mais calmo" e queria conversar. Não vou mentir que não incentivei para que ele bebesse e fumasse, pedi a um amigo pra oferecer cigarro pra ele. Eu sei que o namorado dele não ia gostar e, francamente, era a arma que eu tinha e acho que joguei limpo, se ele bebeu e fumou foi porque quis, e gosta. Para piorar a situação o celular dele descarregou, foi pra casa, eu fiquei curtindo minha noite com os amigos.

Hoje acordo cedo com um e-mail dele perguntando se eu havia passado um torpedo web, anônimo, para o Tropeço dizendo que ele estava bebendo e fumando. Juro que não acreditei que ele estava me perguntando isso, primeiro e maior de todos, ele tem que confiar em mim como amigo e que eu não faria um papel desses. Segundo, ele sabe que eu não tenho o telefone desse retardado. Terceiro eu ia passar torpedo web como? Ia pedir pra usar o computador do caixa? Ele estava o tempo todo comigo, francamente...

Ele se desculpou, disse que era loucura da cabeça dele, mas ele queria dormir tranquilo com isso, sabendo que eu não tinha feito. Eu me senti ofendido e me sinto triste com isso. Ainda estou, mas aproveitei para vomitar tudo o que eu acho do relacionamento dele, não sei se fiz bem, mas perguntei se valia a pena ele viver com tantas cobranças, tantas neuroses, tanto histerismo.

Então, saio de cena, delicadamente. Vou deixá-lo viver essa história dele, sem meu fantasma rondando. Sem desejar um abraço apertado ou um beijo fugidio. Vou saindo, triste, mas feliz comigo mesmo de tentar ser feliz mais uma vez.

O vídeo, retirei do Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=BNEDPYiRa8c&feature=share

sábado, maio 12, 2012

meu caçador de mim

Quem é leitor do blog sabe a história do meu Brokeback Particular, o meu Caçador. Acho que o cara em que mais fui apaixonado saudável e tive mais tesão na minha vida. Não só por ele ser gostoso, mas por toda a aura dele que me envolvia, de eu me sentir necessário, amado e único. Quem leu sabe que nunca tivemos nada, mas ultimamente nosso grupo de amigos em comum têem desconfiado de que ele seja enrustido. Nem vontade de ir atrás eu tive, sabia? As vezes penso nele, mas um pensamento terno, de irmão. Quando o vejo, sinto vontade de abraçá-lo e ficar abraçado, como se nossos corações pudessem se escutar, comprovando o nosso carinho e irmandade.

Hoje sonhei com ele, estava moreno do sol e mais magro. Usava uma camisa xadrez branca com azul e preto e me dizia "Por onde você anda? Tenho saudades". Acordei pensando nele e na frase, pensei em ligar, me fazer presente. Será? Ando navegando na correnteza com o Rafa, tentando ser amigo nesse momento sofrido dele, ao invés de ser peguete, onde talvez transaríamos e pronto. E fico tentando ler nos sinais que a vida nos mostra o caminho a seguir e penso "tenho tantos atalhos assim?". Meu coração, as vezes guiado pela razão, deseja uma coisa, então vem um telefonema, uma prova de carinho, um sonho, um capricho, um cuidado... algo que me faz pensar e perguntar (quase em voz alta) será um sinal? E meu destino, será como Deus quiser(?).

quinta-feira, maio 10, 2012

Vamos falar de coisa boa?

 Mas não vamos falar da Yogurteira ThopTherm. Vamos falar de machos e de fantasias. Ontem sai do trabalho e fui almoçar na subway da Beira-mar, fiquei olhando o mar e sentindo a brisa salobra no rosto, pensando na vida, no trabalho e, claro, no Rafa. Eu comia meu sanduíche quando um rapaz, peito desnudo, que deveria ter uns 25 anos, sentou-se na mesa à minha frente. Colocou a prancha de surf apoiada na mesa e perguntou se eu podia olhar enquanto ele comprava seu sanduíche. "Claro, amigo. Fica tranquilo", respondi.

Enquanto andava em direção ao balcão, vestiu a camisa. "Que pena", pensei. Ele tinha o peitoral um pouco definido, sem pelos, e eu gostaria de ficar almoçando olhando para essa bela vista, com certeza não teria uma indigestão. Ele voltou, sentou e agradeceu. Comia com rapidez e notei que seus cabelos ainda estavam molhados, os braços fortes saltavam da blusa apertada, e agora, um pouco molhada pelo seu corpo ainda úmido. Lembrei de quando me mudei para cá, ainda adolescente, e minha mãe vetou minha vontade de surfar, achava perigoso, meus primos não surfavam e ela não conhecia meus novos amigos para me deixar sair sozinho com eles para o mar. "Você foi criado em piscina, o mar é perigoso", ela sempre dizia. Mas eu sempre fui afoito, gostava de mergulhar no mar até não sentir mais a segurança da areia sob meus pés, me sentia abraçado pelas águas mornas salgadas e fantasiava ser um dos filhos de Poseidon, para respirar debaixo d'água e desbravar os sete mares. Sim, eu era uma criança fantasiosa, um pouco solitária, e que me entretia com meus livros e minhas revistas em quadrinhos, me fazendo viajar e ser quem eu quisesse.

Uma vez, lembro que estava numa praia longe da capital e vi um grupo de três amigos chegando com suas pranchas de surf. Todos eram mais velhos que eu, na época tinha uns quinze anos, e eles deviam ter entre dezoito e vinte. Eram alegres, empolgados em pegar as ondas, um deles puxou um beck antes de entrar no mar. No cair da tarde, sentaram perto de mim e conversavam, falavam de garotas e de festas. Ali eu fantasiei em transar com um deles, com todos eles. Em separado e ao mesmo tempo, sentir o beijo molhado, o roçar da areia em nossos corpos e o gosto do sal em seus membros e mamilos. Eu nunca fiquei com um surfista, mas espero resolver isso algum dia.

terça-feira, maio 08, 2012

Quem sabe faz a hora (não espera acontecer)

Domingo o Rafa me fez umas das raivas em que eu perco a razão, daquelas que me magoam tão profundamente e fico com a certeza de estar sendo feito de otário. Já adianto, que mesmo que alguém venha contestar isso, eu digo que essa mesma raiva eu tenho se o personagem fosse mãe, primo, amigo, irmão. Eu estava com um problema, digamos doméstico, e ele disse que viria no domingo me dar uma ajuda, perguntou se podia vir de tarde cedo. Para mim, tarde cedo, é 14 horas. As 11h meus amigos me ligam me chamando para a praia, digo que não podia ir, pois tinha compromisso. Meio dia e pouco o Rafa me manda uma SMS perguntando se podia ser as 18 horas, consinto. As 17 horas, meus amigos que me chamaram para a praia me chamam para ir tomar um café na cafeteria de um amigo nosso, que há tempos não vejo. Novamente não fui, pois tinha compromisso. As 18 horas o Rafa me manda uma SMS perguntando se podia vir na sexta-feira (oi?), pois tinha passado o dia na praia e estava cansado.

Ja sabem a resposta? Surtei, né? Mas surtei internamente, do pior jeito, daquele que você trava os dentes tão forte que corre o risco de rachar alguma obturação. Respondi que ele não precisava vir mais, que deixasse pra lá que eu dava um jeito. Ele, que me conhece, respondeu a SMS dizendo para eu não ficar com raiva (oi?), porque se eu estivesse chateado (ôi ôi ôi) ele viria. Eu, novamente, respondo que ele deixasse pra lá. Vinte minutos depois ele me liga perguntando se eu estou em casa, confirmo e ele diz que está chegando na minha casa. Eu digo que não precisa e ele pede para eu parar de besteira que ele veio me ajudar.

Ele vem, me ajuda. O gelo (e minha cara fechada) é quebrado e assistimos um desenho deitados na minha cama, ele de um lado e eu sentado, do outro. Ele me pede para deixá-lo no ponto de ônibus e eu digo que vou deixá-lo em casa, era o mínimo que eu poderia fazer. No caminho ele reclama do Tropeço, que não tem compromisso com horário e eu corto, dizendo que ele se comprometeu comigo, que eu não ficaria com raiva se ele tivesse desmarcado cedo, pois eu não ficaria com a sensação de ser feito de otário, esperando por alguém que não vinha. Ele disse que entende, pede desculpas. Eu senti vontade de pedir desculpas pelo meu modo de agir, mas não pedi. Fiquei com a impressão de que se pedisse, eu ia assumir que estava errado, coisa que eu tenho convicção que não estava. Voltei pra casa, tomei banho, dormi.

Acordo quase duas da manhã com ele me ligando e atendo o telefone preocupado. "Aconteceu alguma coisa?", ele começa a desabafar, dizendo que não aguenta mais o Tropeço (feliz, eu). O cara simplesmente aproveitou que ele estava aqui em casa e fuçou no histórico do computador do Rafa (gente, quem nunca, né?), só que foi embora e deixou um recado pro Rafa ver quando chegasse, e quando o Rafa ligou o Tropeço deu uma de Prima Donna e desceu do salto, surtada, aos gritos, terminando o namoro (há!), porque o Rafa via pornografia na internet (gente, quem nunca, né? Sério?). O Rafa conversou comigo, dizendo que não entrava mais em bate-papo que o cara surtou porque viu uns sites de putaria. Eu, que não sou bobo, não defendi o cara, mas falei que era uma falta de honestidade fuçar o equipamento alheio e infantilidade a forma como ele comunicou e agiu.

Embora me machuque ver o Rafa chateado, chorando, porque ele não me disse o que, mas me disse que o Tropeço falou coisas que ele nunca esperou ouvir de alguém que gostava, de tão baixo que era. Olha, o Rafa não é santo, principalmente por ter ficado comigo, mas o cara não sabe disso pra ter surtado com uma besteira. Ontem ele estava ainda chateado e hoje me disse que o cara falou manso com ele, e me disse que gosta muito dele, mas tem que ponderar como ele quer viver a vida dele, que não pode ficar esperando esses ataques infantis, agressivos, por ciumeira.

Por isso o título do post, eu espero a minha hora, ou faço acontecer?

quarta-feira, maio 02, 2012

A Vidente

Não sei se já falei aqui o quanto minha turma de amigos é unida, se protege e cuida um dos outro como leoa com os filhotes. Me sinto muito em débito com eles, e confesso que com um pouco de medo também, pois eles não sabem de minha outra vida. Essa vida aqui que relato e divido com vocês. Nem meu amigo mais querido sabe, e no fundo eu fico pensando, e achando, o quanto estou sendo desonesto com nossa amizade em não mostrar meu rosto por trás da máscara, mas é assunto para um outro (e longo) post.

Recentemente fui a uma vidente, indicada por uma das minhas amigas e que toda minha turma foi, eu deixei pra ir por último, tinha medo da minha reação em vê-la dizer as verdades pra mim e depois ter que dar explicação para a platéia. Ela não era dessas videntes de circos itinerantes e nem de bruxaria, ao contrário, apesar de trabalhar com as cartas (acho que era um tarô cigano), ela era bastante espiritualizada e demonstrava muita fé em Deus. Acordei de madrugada, pois o atendimento era por ordem de chegada, e estava as 5 da manhã em ponto em frente a sua casa com a ficha de número cinco (meu número preferido) nas mãos. Ela chegou por volta de 7h30 e olhou direto pra mim, tocou no meu ombro e me cumprimentou. Nunca tínhamos nos visto antes, respondi com um largo sorriso.

A medida que as pessoas iam entrando, quando voltavam relatavam pro seu grupo como ela tinha sido maravilhosa em dizer as coisas que viu, comigo não seria diferente. Quando entrei ela riu e disse que eu tinha a alma muito bonita, o espírito leve e livre. Eu apenas sorri e disse um obrigado. Na medida em que foi tirando as cartas ela me fazia perguntas difíceis, como dizer o nome da cidade em que fui criado e perguntar o que ela significava para mim, falou da morte do meu pai, do casamento da minha irmã e da relação que tenho com minha mãe e amigos. Falou que eu havia recebido um aumento de salário, mas que ainda ia melhorar mais no decorrer do ano. Falou de minha viagem já marcada para São Paulo e das minhas férias no  segundo semestre pro exterior. Falou do meu problema em perder peso e disse "não procure a cirurgia, você não precisa, não tem nenhuma doença no corpo e na mente. Procure um médico e siga a risca, lhe vejo com menos 30kg até o fim do ano". E eu calado, sem emitir nenhum parecer.

"Você não está namorando porque? Tão bonito, feliz, cheio de vida. Você tem o coração muito bom", me perguntou em meio a sorrisos, eu apenas respondi que não sabia. "Você tem a alma livre, é muito amado por seus amigos, você é feliz" - disse a vidente olhando para as cartas. "Mas eu vejo uma moça e um rapaz no seu caminho, o que você escolher para você, tenha paciência, vai ser muito feliz. Você nasceu pra ser feliz e fazer os outros felizes". Eu gelei, pensei no Rafa e na menina com nome de música de Bossa Nova (que acho nunca ter relatado no blog, foi um período em que estava ausente das escritas virtuais), que não entendendo meu ritmo de trabalho, e nem o ritmo do meu coração, me trocou por um homem (bem) mais velho, mas que recentemente tem se chegado. "Vejo uma terceira pessoa, que vai aparecer entre junho e setembro, que vai mexer com seu coração. Não tenha medo, escolha quem lhe faz mais bem e vá ser feliz pra vida inteira".

As palavras dela me trouxeram várias incertezas, mas também muitas certezas. Quando ela falou para eu ter paciência, é isso que estou tendo com o Rafa e o triângulo amoroso com o Tropeço. Quem não quer ser feliz? Essa semana mesmo deixei o Rafa meio de lado, não liguei pra ele nenhum dia, nem mesmo para entregar um projeto que ele vai executar pra mim. Ontem ele me surpreende ligando pedindo uma dica de restaurante, disse de forma seca o nome e onde ficava, e ela me falou que assistiu Vingadores, que amou o filme e que se divertiu muito. "Muito legal mesmo, fiquei feliz com o resultado na tela grande", foi essa a minha resposta. Ele desligou animado, mas notei que ele sentiu um pouco o meu tom seco, sem nenhuma brincadeira e nem mesmo um carinho. Ele se despediu com um abraço e eu simplesmente desliguei o telefone com um "tchau". Duas horas depois recebo um torpedo agradecendo pela dica do restaurante, que tinha adorado. Não respondi.

Não é que eu esteja fazendo jogo duro, mas eu simplesmente não tava a fim de falar com ele, pra indicar um restaurante pra ele ter uma noite ótima com o Tropeço. Mas gostei de ver ele vindo atrás, e pelo que já vi como vai ser meu início de semana no trabalho, não terei tempo e nem humor para estar atrás de alguém. Ele sentirá falta? A paciência valerá a pena?