terça-feira, outubro 30, 2012

p.s.: voltei.

Fim de uma jornada. Muito feliz com todos os resultados alcançados e sabendo que meu destino profissional agora é escolha e não mais sorte. Estou me preparando pras minhas merecidas férias, que não vão ser as que sonhei, mas vão ser as que poderei ter. Me planejei pra fazer uma viagem sexual, com muita depravação no exterior e minha mãe cismou em ir comigo, só soube da notícia quando ela ja estava com o bilhete em mãos. MIOU! Mas por um lado tem uma coisa boa, é a primeira vez que viajamos juntos para fora do país e vai ser legal apresentá-la à esse mundo novo.

Tenho pensado muito no Rafa, mas com tranquilidade. E tenho estado muito tranquilo, pois tomei coragem e conversei com meu amigo cardiologista, lá da terra da garoa, ele me aconselhou muito e relatou como foi todo o início da vida dele. Fiquei muito feliz em partilhar esse segredo e dele me desvendar alguns mistérios.

Estou com uma gripe forte e de molho, mas estou de volta.

quarta-feira, outubro 17, 2012

você tem medo de que?

Ontem reencontrei com o Rafa depois de uns quarenta dias. Ou mais. Acho que a última vez que nos vimos foi em meados de agosto para setembro. Não vou dizer que não senti falta, pois é mentira, mas a "política" que adotei de deixar que ele me procurasse sempre será válida. Nos falamos quase todos os dias durante esse tempo e, em todos os casos, foi ele que ligou. Pra tirar dúvidas, pedir dicas, falar ameninades... mas sempre foi ele que ligou.

Então nos vimos ontem, um amigo de fora está na cidade e nos chamou pra sair. Embora minha rotina esteja muito atribulada (ênfase no muito), consegui sair relativamente cedo (por volta das 21h) e ir me encontrar com eles. O Rafa chegou um pouco depois de mim e ficamos, o quarteto, a conversar sobre filmes, viagens e nossos hobbys. Saímos por volta das 23h30, deixei meus amigos no hotel e fui deixar o Rafa em casa. Senti vontade de pedir para ele dormir na minha casa, estava cansado, com muito sono, e o efeito das quatro cervejas que tomei me fizeram relaxar, intensificando o sono. Mas não pedi e nem ele pediu para eu deixá-lo em casa, mas fui mesmo assim.

Continuamos a conversar sobre trabalho, ele a reclamar do dele e, embora eu ande bastante cansado implorando pelas minhas férias dia 01/11 (faltam poucos dias!!), me sinto realizado profissionalmente. Cheguei à porta da sua casa, ele tirou o cinto e envergou o braço direito para o meu lado, me envolvendo em um grande abraço apertado. "Sabe Dramma, eu fico preocupado com você nesse trabalho", ainda abraçados cochichei em seu ouvido perguntando o porque. "Tenho medo de você ter um infarto e morrer, é muito stress".

Dei um longo suspiro, me desbaratei daquele abraço e pousei a mão direita em sua nuca. "Nenhum amigo meu tem medo que eu infarte e vá morrer por conta de stress. Nem minha mãe, Rafa, tem esse medo". Ele olhou pra mim e continuou "Mas eu tenho, tenho medo de perder você".

"Muitas vezes nós perdemos as pessoas ainda vivas. Não posso ensiná-lo a viver sua vida, mas preste atenção nas palavras que você me diz, preste atenção no que você sente. A vida é muito curta para perder tempo". Ele riu, me deu um abraço, beijou carinhosamente minha bochecha e concluiu "a gente podia se ver sábado?" - balbuciei um talvez - "Me liga pra gente fazer alguma coisa".

"Se der eu ligo".

sábado, outubro 13, 2012

sexo no sec XXI

Quem aqui é usuário de Iphone e de Android e baixou o Grindr? Eu digo: baixei. Me arrependi. Apaguei. Baixei de novo.

Quando eu vi que havia um aplicativo (muito legal o conceito), de que mostra perfis de gays, bissexuais e curiosos que estão próximos de você, achei o máximo. Baixei, não botei foto e fiquei olhando, era bem legal ver pessoas que estavam próximos a mim e procuravam a mesma coisa: amizade, sexo, relacionamentos, papo.

Me chamou a atenção o velho perfil de caras sarados sem aparecer o rosto. Fiz um descritivo caprichado "gordinho, bissexual, curioso, procuro amizade colorida e quem sabe algo mais. Vamos papear". Puxei papo com três perfis que me interessaram, UM respondeu. E quando respondeu foi "você tem foto?". Porra, eu não pedi foto, eu queria bater papo. Me senti nos tempos do mirc, onde ficava no #gayminhacidade teclando atrás de aventuras e lá conheci o Gilberto. É um culto exarcebado ao corpo e ao sexo fulgás (ok, as vezes também procuro isso). Então comecei a teclar com um cara, não aparecia foto do rosto, tinha um corpo bonito e conversamos bastante. Ele me pareceu bem legal e me mandou foto de rosto. Gelei. Era um dos meus fornecedores. Me pediu foto. Calei. Ponderei. Quis mandar. Deletei o aplicativo.

Antes que venham me crucificar eu pensei muito se devia me mostrar, pois sei a importância que ele tem na empresa que trabalha e fiquei temeroso com o relacionamento de amizade e parceria que tenho com os chefes dele. Senti muita vontade, juro. Mas deletei.

Duas semanas depois resolvi ativar o aplicativo, não lembro de ter visto nenhuma "propaganda" dele em blogs, mas me pareceu ter  muito mais gente. E lá estavam um amigo da faculdade, o irmão caçula do marido da minha prima, o primo do meu vizinho e um amigo do meu primo. TODOS mostrando a foto, dando a cara a  tapa. Mudei o descritivo "quero conhecer pessoas, bater papo, se relacionar", coloquei foto de uma paisagem bonita. Todas as pessoas que vêem falar comigo pedem foto de rosto, do pau, da bunda, do caralho a quatro, mas quando eu falo "vamos bater papo antes?", somem.

TRISTE.

Deleto de novo?

quinta-feira, outubro 11, 2012

habibi

Meus últimos dois dias, ou melhor, noites foram dedicados à ler a graphic novel Habibi, de Craig Thompson. Uma linda história de amor, amizade, descobertas, sexualidade e sobrevivência, narrada como mil e uma noites e com bastante referências ao Corão.

Não quero falar mais porque estragaria a leitura, mas a história de Dodola e Zam me comoveu. Hoje, sou uma pessoa mais feliz por ter lido essa Graphic Novel, que inclusive está em promoção na Saraiva.

Um drama atual e comovente.