segunda-feira, fevereiro 24, 2014

um pouco de romance

O ano de 2014 começou pra mim vestido de amarelo, pois eu estava numa vibe tão ruim com o Rafa que não me atrevia a usar vermelho ou rosa "pra atrair amor".  Ele parecia querer fugir de mim e deixei ele solto pra ir. Minha cabeça viveu aquele turbilhão de sensações como medo, insegurança, derrota… me joguei no trabalho, me joguei nos braços de Kadu, de Leandro, do Garoto de Programa que gosta de conversar… fiz orgias. Beijei muito, chupei muito, dei muito. Passei umas três semanas fudendo quase todos os dias, quando no Reveillon o Rafa me manda uma sms "desejando que meu ano novo seja maravilhoso" e eu respondo "nesse ano novo, eu só quero o que for MELHOR pra mim".

Com poucos dias ele reapareceu me pedindo socorro. Estava com um problema de um investimento, achava que estava sendo passado pra trás e precisava de um advogado, se eu indicava algum. Pedi pra uma grande amiga do trabalho falar com ele. O Rafa chegou no meu local de trabalho bastante nervoso, me parecia bem triste e apreensivo. Liguei pra minha amiga que pediu pra eu levá-lo na sala dela, os apresentei e o deixei lá e fui cuidar dos meus afazeres. Uns quarenta minutos depois ele voltou, eu estava em uma reunião com um fornecedor e ele ficou esperando na ante-sala. Quando me despeço do fornecedor o vejo no sofá e o chamo pra entrar, encosto a porta e ele me dá um abraço demorado. Naquele abraço senti que tinha tirado um peso grande dos ombros e estava agradecido, eu sorri e ele me beijou na boca.

Antes que alguém levante a bandeira de que ele só me procura quando tem problemas, acho justamente o contrário, são nesses momentos em que ele vê que pode confiar em mim e o quanto eu resolvo as coisas de forma tranquila e racional (acho que precisava de um outro eu pra cuidar da minha vida). Saímos para jantar e ele me contou da conversa, o quanto ela o deixou tranquilo e orientou para que resolvesse sem precisar da justiça, mas que se precisasse ela estava à postos. Eu a elogiei e disse que ela era uma pessoa muito legal e perguntei se ela cobrou a consulta. Foi aí que ele disse "eu perguntei quanto devia à ela e ela me disse que nada, pois se eu era amigo do Drammazinho eu era boa pessoa. Você tem moral!" Eu ri com a inocência dele em sentir orgulho de mim por conhecer alguém importante e que me reconhecia como um igual.

Passaram-se duas semanas e nos falamos algumas vezes ao telefone, mas não nos vimos. Então ele me liga e puxa assunto e eu digo que estou com saudades. Ele diz que também está e combina de vir à minha casa no sábado à tarde. Ele deita na minha cama e conversamos um pouco, nos abraçamos, nos beijamos de selinho e nos cheiramos. Peço pra ele tirar a camisa e beijo seu peito, seu mamilo, sua barriga, seu umbigo e ele pede pra eu parar. Eu mordo a orelha dele e digo em um sussurro "eu só queria que você soubesse que estou muito a fim". Ele pede pra eu parar novamente, ficamos abraçados assistindo o filme enquanto meus dedos tamborilam sobre seu peito. Então, de repente, ele desabotoa a bermuda e me diz "você está a fim mesmo?", eu respondo que estou e ele diz "eu também". Comecei a chupá-lo e ele acariciava meus cabelos e gemia baixinho, me elogiava e me fazia muito carinho, até o momento em que avisou que ia gozar e eu disse que queria tomar seu leite. O Rafa ficou me olhando e deixou eu continuar, até que ele explodiu num gozo e bebi tudo. Eu subi e o abracei, ele me beijou na boca. Ficamos conversando, eu disse o quanto estava feliz por aquele momento e o quanto eu o amava, ele dizia que me amava também e que também tinha gostado.

Saímos para lanchar, e continuamos a conversa. Pela primeira vez ele não chorou depois que fez sexo comigo, só disse que era muito difícil pra ele chegar em casa e encarar o Tropeço. Eu disse que entendia, mas perguntei se ele podia negar que existia algo muito especial entre a gente. "Você é a pessoa mais especial da minha vida e eu tenho muito medo de lhe machucar", respondeu. "Mais do que medo de me machucar, eu tenho medo de nunca ter tentado ser feliz", respondi. Ali, naquele dia eu sabia que algo tinha mudado. Não nos falamos todos os dias, não nos vemos toda semana, mas tem rolado um encontro de muita saudade quando nos vemos. Não sei como vai ser o amanhã e o depois, mas acho que ele está se permitindo ficar comigo plenamente e quero que isso continue. Bem amigos, é isso.